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Policial

MPF denuncia casal e pastor acusados de manterem 19 moradores de rua em trabalho escravo

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O Ministério Público Federal (MPF) encaminhou à Justiça Federal em Rondônia denúncia contra dois homens e uma mulher pela prática de redução de pessoas à condição análoga à de escravo, em Porto Velho e na Bolívia. Dione Chaves Sousa (Jhony), Maria Irismar Lago de Lima e Sidnei Joaquim da Silva são acusados de submeter 19 trabalhadores a condições degradantes, na extração de castanhas em terras bolivianas. A ação penal é resultado de investigações realizadas no âmbito da Operação Finis Messi, deflagrada em novembro de 2021.

As informações colhidas no inquérito mostram que os três acusados aliciavam moradores de rua, em evidente situação de vulnerabilidade, para trabalhar nos castanhais. Eles realizavam o transporte das vítimas para a Bolívia e as obrigavam a exercer jornada de trabalho exaustiva, com média de 12 horas diárias sem interrupções, descanso ou pausa para alimentação. Também ficou provado que o trabalho era realizado independentemente das condições climáticas.

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Os castanhais estão situados em região de floresta inóspita, acessível apenas pela via fluvial. Os únicos meios de transporte existentes no local são barco ou voadeira (canoa com motor), que pertenciam a Dione Sousa e Maria Irismar. O controle da saída do castanhal era, portanto, dominado pelos denunciados.

As investigações revelaram que a alimentação fornecida era limitada a duas refeições precárias: pela manhã e no fim da jornada. Caso a pessoa não trabalhasse no dia, essa alimentação era cobrada, aumentando a dívida com os supostos empregadores. Se os trabalhadores desejassem adquirir outros produtos, deviam comprar do casal, que cobrava preços abusivos. Para se ter uma ideia dos abusos, segundo as vítimas, uma garrafa de cachaça custava R$ 600 e uma pasta de dente, R$ 100. Além disso, as vítimas eram impedidas de adquirir “bens das poucas embarcações que passavam pelo local”.

Ainda com o intuito de aumentar o valor devido e manter a subserviência das vítimas, Dione Chaves e Maria Irismar vendiam drogas ilícitas aos trabalhadores. Conforme depoimentos coletados durante as investigações, os entorpecentes eram fornecidos diariamente e de modo forçado, reduzindo o poder de decisão das vítimas. O objetivo era fazer com que elas ficassem viciadas e, assim, gastassem cada vez mais com a compra das drogas. De acordo com a denúncia, Dione Chaves era integrante do grupo criminoso Comando Vermelho, com envolvimento em diversos crimes como tentativa de homicídios, furtos e ameaças, entre outros.

Crimes

Dione Chaves e Maria Irismar foram acusados pelo MPF da prática de redução de pessoas à condição análoga à de escravo, tráfico de pessoas e de drogas. Sidnei Joaquim, além de figurar como arrendatário de terras dos castanhais, ajudou no aliciamento dos trabalhadores em Porto Velho e cedeu seu veículo para o transporte de alguns dos trabalhadores. Ele foi acusado pela prática do crime de redução de pessoa à condição análoga à de escravo.

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Na denúncia, o representante do MPF explica que, embora parte dos crimes tenha sido praticada em território boliviano, o processamento do caso deve se dar o Brasil e seguir a lei nacional, conforme prevê o Código Penal Brasileiro (art. 7º, inc. II, “b”).

Para o procurador da República Reginaldo Trindade, autor da ação penal, “trata-se de uma bizarra prática de um crime em si mesmo repugnante. Os acusados praticamente sequestraram vários moradores de rua em Porto Velho, levaram todos para a Bolívia e lá os mantiveram sob condições degradantes. Não bastasse, ainda cobraram valores absurdos por coisas essenciais (comida inclusive) e ainda forneceram drogas a todos. A depender do MPF, eles sentirão o peso da justiça ao final desse caso”.



Fonte: Rondôniaagora

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Jovem é alvejado a tiros no bairro planalto e morre enquanto recebia os primeiros socorros no Hospital Regional

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No início da noite desta segunda-feira, dia 06, um homem sofreu uma tentativa de homicídio no bairro Planalto, em Guajará-Mirim. A vítima dos disparos foi socorrida pelas guarnições da Polícia Militar que atenderam à ocorrência.

Segundo informações de testemunhas, a vítima estava no local quando dois indivíduos chegaram em uma bicicleta elétrica. Um deles sacou a arma de fogo e começou a alvejar o jovem que foi identificado como sendo Pedro Henrique de Oliveira Dias.

Após ser atingido pelos tiros, Pedro caiu ao solo agonizando. Os tiros acertaram o rosto da vítima. Ele foi socorrido por uma guarnição da Polícia Militar em estado grave para o Pronto Socorro do Hospital Regional. Entretanto, não resistiu aos ferimentos e faleceu enquanto recebia atendimento.

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O corpo será encaminhado pelo Rabecão para o Instituto Médico Legal (IML) em Porto Velho para realização do exame de necropsia.

Fonte: Guajará Notícias

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Grupo de Inteligência de Fronteira e cooperação da polícia Boliviana, recuperou um veículo Hyundai HB 20, de cor Prata.

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A polícia militar na realização da Operação Protetor de Fronteiras e Divisas na região de Guajará Mirim, fronteira com a Bolívia, com o apoio do Grupo de Inteligência de Fronteira e cooperação da polícia Boliviana, recuperou um veículo Hyundai HB 20, de cor Prata, placa RTM6H02, que já estava do lado boliviano segundo a polícia também estava sendo desmontado e provavelmente para vender as peças. O veículo pertence a uma locadora de veículos e foi encaminhado para a base do GISF (Grupo de Inteligência de Fronteira) para ser restituído ao proprietário.

Fonte: Polícia Militar.

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Policial

DISS REALIZA AÇÃO DE PROMOÇÃO E PREVENÇÃO AO USO E ABUSO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS AO EFETIVO DO BPFRON

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Visando promover uma discussão sobre o uso abusivo de álcool e outras drogas, a Diretoria de Serviço Social da PMRO recebeu na primeira quinzena do mês de março, integrantes do Batalhão de Fronteira – BPFRON para uma conversa, com a major PM Psic Tomazi.

Cerca de 25 militares, divididos em dois encontros, participaram da atividade, que abordou tecnicamente as consequências que o consumo de álcool e outras drogas trazem para a saúde, convivência familiar, social e profissional, e tiveram a oportunidade de conhecer a realidade sobre a prevenção e o tratamento para tais casos.

O consumo excessivo de álcool e outras drogas pode gerar impactos significativos na saúde física, mental e social dos indivíduos, como doenças cardiovasculares, danos ao fígado, distúrbios mentais, dependência, isolamento, conflitos familiares, prejuízos na vida funcional, entre outros.

A PMRO sabe o quão fundamental é promover a conscientização sobre os riscos associados ao uso abusivo de álcool e outras drogas, e oportuniza pela Diretoria de Serviço Social os serviços de psiquiatra, psicologia e serviço social para cuidar da tropa.

Os agendamentos para os atendimentos com o médico psiquiatra e os psicólogos podem ser realizados pelo WhattsApp da DISS: 69 98482-7137.

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Fonte: PM/RO

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