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Meninas Malvadas evita cancelamento em musical hilário – 11/01/2024 – Ilustrada

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“Meninas Malvadas: o Musical” tinha tudo para dar errado. Feito a partir do musical da Broadway que foi, por sua vez, inspirado no “Meninas Malvadas” original, o novo filme, dirigido por Samantha Jayne e Arturo Perez Jr., carregava nos ombros a responsabilidade de repaginar um dos maiores clássicos da comédia dos anos 2000.

Mas “Meninas Malvadas: o Musical” evitou erros básicos na medida do possível. Escrito por Tina Fey, como em 2004, o longa conserva o enredo original, quando celulares ainda eram burros, sem ignorar as demandas de seu tempo —não só a dinâmica, azeitada com as redes sociais, e a moda repleta de calças cargo neon e corsets, mas os corpos menos magros e sarados de atores que pelo menos não parecem ter 30 anos.

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Cady, antes vivida por Lindsay Lohan e agora interpretada pela australiana Angourie Rice, é uma menina que cresceu na África, em uma tenda no meio da savana, e chega aos Estados Unidos sem nunca ter pisado em uma escola. Para ela, a dinâmica social do colégio North Shore, em Illinois, lembra a cadeia alimentar dos animais da selva.

A dinâmica é a mesma de 2004. Cady é apresentada à escola por Damian e Janis, esquisitões excluídos de tendências artísticas. Regina George, antes Rachel McAdams e agora vivida por Renée Rapp, é a abelha-rainha, acompanhada de duas fiéis seguidoras, a burra Karen, que ficou mais burra, deixou de ser loira e agora é interpretada pela atriz Avantika Vandanapu, de ascendência indiana, e a neurótica e insegura Gretchen, que trocou a menção ao hanukkah por uma a um abuelito.

A sensibilidade às questões raciais que envolvem esse enredo, aliás, tocou a produção nestes 20 anos. Em 2004, o fato de Cady ser uma africana branca era uma das grandes piadas do filme. A malvadinha Karen, antes interpretada por Amanda Seyfried, perguntava na cara dura “se você é africana, por que é que você é branca?”. Agora, a genérica África de onde Cady vinha se tornou o Quênia e piadas como a garota se aproximando de uma mesa de colegas negros e soltando um bizarro “Jambo”, olá em swahili, não têm mais lugar.

Esse tipo de humor, que zomba, antes de mais nada, da mediocridade americana, talvez fosse mal-interpretado hoje. Mas é o tipo de marca que traz a acidez típica do Saturday Night Live, berço de Fey e outros talentos do humor dos Estados Unidos, e do qual o novo “Meninas Malvadas” ainda parece herdeiro direto.

Os números musicais, que poderiam ser receita para o desastre, são exemplo dessa inspiração. As canções são quase as mesmas do musical da Broadway —de novo, entrou em ação a sensibilidade ao excluir trechos como um comentário sobre a paixão de infância que correu de Cady “rápido, já que ele era queniano”.

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Mas músicas como “Sexy” são grandes acertos para dar ao remake uma cara própria e até mais leve que o original. A canção usa a cena em que Karen é ridicularizada por se fantasiar de rato sexy no Halloween e transformam em um hilário comentário social sobre as demandas do feminismo moderno envolverem a necessidade de as mulheres estarem constantemente sensuais e bonitas.

“Revenge Party”, música em que os esquisitões Janice e Damian, bem mais protagonistas no remake, planejam a vingança contra a abelha-rainha Regina George, é uma montagem de festa dos sonhos que fantasia sobre a cabeça de Regina na ponta de uma lança.

Nas canções, brilham comentários sobre gênero, que ganham o espaço deixado pelas piadas sobre uma branca africana. Regina canta em sua canção introdutória que ela é a fodona e seus peitos são reais. O roteiro manteve, ainda, algumas sacadas boas na mesma toada, como “Não pegar o ex-namorado da amiga é uma regra do feminismo”, segundo Gretchen. O comentário de 2004 segue atualíssimo.

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O namorado, Aaron Samuels, antes vivido pelo galã Jonathan Bennett, agora é interpretado pelo sem graça Christopher Briney, mas continua alvo de memes que marcaram o filme, como a cena em que ele pergunta a data para Cady e ela responde “3 de outubro” como se as palavras fossem um soneto de Shakespeare. O filme oferece outras surpresas aos fãs do original. Temos, para o alívio dos telespectadores, um Glen Coco da Geração Z.

Mas mais do que um agradinho aos saudosos dos anos 2000, o novo “Meninas Malvadas” é uma chance de repassar à geração das redes sociais um recado que ressoou forte no novo milênio quando o filme foi sucesso absoluto nas locadoras. Falar mal de alguém dificilmente vai ser a cura para suas inseguranças e, em um mundo no qual todas criticam umas às outras em igual medida, somos todas vítimas e vilãs, Janis e Reginas. Agora, com calça cargo e TikTok.

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https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2024/01/novo-meninas-malvadas-evita-cancelamento-em-musical-hilario-e-atual.shtml

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Cidadão dirige casa que abriga e ajuda cristãos necessitados em Guajara-Mirim

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O cidadão Manoel Almiro Brasil Oliveira, 51 anos, nasceu em Manicoré – AM, e desde 2010 vive em Guajara-Mirim, no Bairro Santo Antônio.

Como que atendendo um mandado de Deus, ele montou o Instituto Casa de Oração Para Todos os Povos, que acolhe pessoas que não têm onde morar e também abriga cristãos que chegam de passagem para seguir viagem para outros destinos e os abriga dando dormida até seguir para seus destinos.
Sobrevivendo com extrema dificuldade e sem recursos materiais e financeiros para tocar a obra, depende de doações e auxílio de pessoas de bom coração.
Dada a importância do trabalho altamente social que desenvolve em favor de pessoas menos favorecidas, Manoel Almiro espera que o poder público e pessoas tementes a Deus possam ajudá-lo a cumprir essa missão divina, efetuando doações e o necessário apoio para continuar apoiando irmãos menos favorecidas e, portanto, vulneráveis.

Fonte: Guajará em Foco

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12 DE MAIO DIA. DO. ENFERMEIRO Mensagem do Pré-Candidato a prefeito de Guajará-Mirim Fábio Netinho

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No dia 12 de maio são comemorados mundialmente o Dia do Enfermeiro e o Dia da Enfermagem.

No Brasil a data foi instituída há 85 anos por meio do Decreto n* 9.956, de agosto de 1938. Encerrando o marco do mês, o dia 20 de maio é considerado o Dia Nacional do Técnico e Auxiliar de Enfermagem, instituído por meio da Resolução do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) n* 294, de 15 de agosto de 2004.
Conhecedores que somos da importância do trabalho profissional do Enfermeiro, que ao lado de todos os profissionais da área da Saúde foi herói durante todo o período de pandemia do COVID – 19 que assolou o País, e da importância do trabalho diário desse profissional, honra-me cumprimentar essa laboriosa classe profissional pela passagem da data, ao tempo em que reconheço a necessidade da valorização profissional da categoria.
Deus abençoe os Enfermeiros de Guajará-Mirim e de todo o Brasil.

Guajara-Mirim, 12 de maio de 2024.

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Fábio Netinho

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PREFEITURA EM AÇÃO: Antes fechado pelo mato, ramal é reaberto e trecho patrolado

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Cumprindo uma determinação da prefeita Mary Granemann, a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (SEMOSP), realizou mais uma importante ação na área rural do município de

Guajará-Mirim. Trata-se do Ramal do Tigrão que há tempo não era beneficiário com limpeza e patrolamento de seu trecho trafegável.

Foi então que o secretário João Pimentel de Almeida Filho, o João da Pinguim, entrou em ação com sua equipe e máquinas da municipalidade e recuperou o ramal em toda sua extensão onde é permitido o tráfego de veículos, o que facilita sobremaneira o deslocamento e a vida dos brasileiros que ali vivem e lutam pelo pão diário da existência de suas famílias.

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O Ramal do Tigrão hoje é denominado de Ramal Alfredo Carneiro e é ligado ao Ramal do Seringueiro, na área territorial da Resex do Rio Ouro Preto.

 

Fonte: Assessoria da SEMOSP

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