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A CRÔNICA DO DIA ENVERGONHA O BERÇO DO MADEIRA

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A crônica de hoje será duríssima, segurem-se, aos mais sensíveis do Berço do Madeira pode até provocar vertigem. A outros, pouco importa, não é com eles e nem com os seus, assim segue a pacata vida dos Berçomadeirenses, ricos em gado e em leite, e agora plantadores de lavoura.
O Serviço de Orientação Escolar é a ponte entre escola e comunidade de pais, responsável por entre outras atividades pedagógicas, cuidar da frequência dos alunos no ambiente escolar. A visita às famílias, cujos filhos estão infrequentes, é prática necessária para o retorno de tais alunos. Bom, feitas as considerações devidas, vamos ao fato, ocorrido em uma dessas visitas do serviço de orientação escolar à residência de uma determinada família, cujo filho estava ausente da escola.
Mesmo orgulhosos e alardeando aos quatro ventos que o Berço do Madeira é uma das regiões de Rondônia que mais produz carne e leite bovinos, tal fato escancara outra realidade que ninguém alardeia e que não aparece nas estatísticas oficiais e nem na imprensa.
Feitas estas digressões, voltemos à visita do serviço de orientação escolar á família do aluno ausente. A residência localizada nos arredores da cidade, afastada do dinheiro cheirando a gado que corre nos bairros mais centrais, era pequena e muito simples, construída de madeira reutilizada.
A mãe da criança recebeu o serviço de orientação escolar, lagrimejante e visivelmente envergonhada, com as mãos e braços sujos de fuligem de carvão. Nos disse que não tinha gás de cozinha e que estava cozinhando o parco almoço em um fogareiro à carvão no quintal. Humildemente, nos convidou para entrar, dizendo que não tinha nenhuma fonte de renda, sobrevivendo de favores dos caridosos. Antes que falássemos o motivo da visita, ela nos disse que nos últimos dias, o filho não estava frequentando a escola, porque não tinha condições econômicas de lhe comprar um par de chinelos, e que ele já tinha até se acostumado a andar descalço. Roupas, recebera algumas em doação.
O serviço de orientação escolar é andarilho, e por essas andanças já ouvira de tudo sobre a ausência de alunos: doenças, falta de fardamento, negligência dos pais ou responsáveis, entre outras desculpas esfarrapadas ou não. Mas, esta foi a primeira vez que ouviu uma mãe de aluno justificar a ausência do filho no ambiente escolar, porque ele não tinha chinelos, sapatos ou algo similar, e que possivelmente, a curto ou médio prazos não teria condições de comprar-lhe, pois a pouca renda disponível era para adquirir alimentos.
Chorosa e com as mãos sujas de carvão, olhando para a linha do horizonte, ou para o nada, nos falou envergonhadamente: “qual a mãe que vê seu filho indo descalço para escola, eu não suportaria tamanha vergonha”. E assim, mesmo descalço, o Berço do Madeira continua se orgulhando e alardeando suas riquezas.

Fonte: Guajara em Foco

Autor: Simon O. dos Santos

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Guajará Mirim

GUAJARÁ EM FOCO pede a prefeitura atende bairro da cidade 

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É notório que a imprensa é um dos pilares da democracia. Ela funciona também, quando deseja, como porta-voz de uma comunidade

E foi assim que depois de cobranças do nosso modesto, mas imparcial, site Guajará em Foco, a Prefeitura Municipal de Guajará-Mirim atendeu, via Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (SEMOSP), os reclames de moradores do local e mandou limpar o bairro Planalto.

Máquinas e operários efetuaram uma operação limpeza no setor e recolheram considerável quantidade de lixo e entulhos, proporcionando à comunidade melhores condições de trafegabilidade e um melhor padrão de higiene na área atendida.

Os moradores do bairro agradecem a atenção da prefeita em exercício Mary Granemann e espera que doravante a situação não volte novamente a ficar “longos três anos sem uma operação de limpeza”.

 

Fonte: Guajará em Foco

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“O ponto de partida é a tomada do desenvolvimento”, diz pré-candidato a prefeito

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Dialogando com outros políticos envolvidos ou interessados na sucessão municipal de Guajará-Mirim, buscado a união de forças e o consenso em torno de um nome capaz de mobilizar o eleitorado por mudanças, o pré-candidato a prefeito Fábio Garcia de Oliveira, o Netinho, disse hoje que o ponto de partida para qualquer formulação programática no município é a retomada do desenvolvimento.

Guajara-Mirim chegou aos 95 anos de vida e não consegue se definir como um município economicamente estável, pois não se combate a miséria, na estagnação ou na recessão, bem como não se eliminam as injustiças, não se consolida a democracia nem se constrói um município livre e soberano.
Para Netinho, precisamos lutar por um novo padrão de desenvolvimento, diferente do que ocorreu historicamente no municípios. Este desenvolvimento deve ser baseado na utilização intensiva dos recursos humanos , da ciência e da tecnologia que nos permitirão atingir melhores índices de produtividade e melhores condições de integração ao mercado internacional altamente competitivo. Sem que a economia cresça para oferecer emprego e valorizar o salário, em termos compatíveis com o aumento da população, o sistema econômico, social, político e institucionalização terá vigência limitada.
“Urge que busquemos fórmulas para equacionar a problemática de Guajará-Mirim e trabalhar de forma a implementar ações duradouras para solidificar nossa economia e assegurar novos horizontes para nosso povo, sobretudo renovando a esperança dos mais jovens em um futuro promissor”, concluiu Netinho.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Comissão Executiva Provisória do Progressistas (11), de Guajará-Mirim

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A CASA NORTE MERECE MAIS QUE UMA PRECIOSA CRÔNICA

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Escrevo crônicas para lembrar, enaltecer ou denunciar fatos, pessoas e, principalmente, resgatar dos escombros do esquecimento, parte da memória dos beradeiros e beradeiras do Berço do Madeira.

Rica e efêmera memória que se esvai sem o devido registro e sem o devido reconhecimento. E eu lhes indago, nas escolas e demais instituições de ensino do Berço do Madeira, consta nas grades curriculares a preciosa informação que o Rio Madeira nasce em Vila Murtinho?

Não, não consta meus caros e minhas caras!

Bom! Mas, deixemos de coisa e cuidemos da vida e dessa preciosa crônica que enaltece mais um grandioso feito da família de um dos pioneiros do Berço do Madeira.

Você meu caro leitor, minha cara leitora! Consegue imaginar a grandeza e a força dos pioneiros do Berço do Madeira?

Vocês conhecem a força do pioneirismo do Raimundo Nonato de Souza, e de sua esposa Tereza de Oliveira Souza, e que perdura até hoje registrada magistralmente no centro do Berço do Madeira?

Pois é meus caros e minas caras! Mas, certamente vocês sabem quem foi Raimundo Lascado, um nordestino da cidade de Jaguaretama (Ceará), que chegou na Colônia Agrícola do IATA em 1958.

Esse homem, de bigode e cabelo sempre alinhados e roupas impecáveis, de passos curtos e ligeiros e voz levemente estridente e alterada, cravou corajosamente seu nome nos anais da História do Berço do Madeira.

Com a família, Raimundo Lascado chega em 1973 às margens da BR-425, onde ocorria um intenso fluxo de pessoas e famílias vindas de várias parte do Brasil em decorrência do surgimento do povoado de Vila Nova.

O pioneiro e comerciante adquire um terreno no centro de Vila Nova e constrói um dos primeiros empreendimentos comerciais do Berço do Madeira, o “ Bar e Mercearia Novo Progresso”.

Vejam meus caros e minhas caras! Observem bem o belo entrelaçamento poético de palavras e frases que registra bem a crença e o vigor daquele momento histórico. “Vila Nova e Novo Progresso”, foi, ou não foi um visionário, esse homem?

Em 1984, no auge do ciclo do ouro no Rio Madeira, Raimundo Lascado resolve alterar o nome de seu empreendimento, e faz um elogio e um justo reconhecimento à sua querida esposa, ao batizar o empreendimento de “T.O. Souza”.

Bonito de se vê, não é?

E assim permanece até 2001, quando resolve mais uma vez alterar o nome do longevo empreendimento para Casa Norte, homenageando o “Norte” que lhe recebeu tão bem.

Bom! Vocês, caros leitores, caras leitoras, sabiam que esse empreendimento comercial é o mais antigo em funcionamento no Berço do Madeira?

Exatamente 51 anos, gravem bem, mais de meio século de existência. Não há outro tão longevo e tão impregnado de histórias e memórias nessas terras do Madeira.

O Bar e Mercearia Novo Progresso, o T. O. Souza e a Casa Norte foram testemunhas centrais dos principais momentos históricos e mudanças que ocorreram no Berço do Madeira.

Esse empreendimento estendeu a mão para o colono do Sidney Girão, para o garimpeiro do Rio Madeira, para o pecuarista, para o madeireiro, e hoje recebe de braços abertos o plantador de soja mecanizada.

Quando você entrar a partir de hoje na Casa Norte, sinta-se também partícipe dessa História.

A propósito, sobre a indagação inicial referente à nascente do Rio Madeira não constar nas grades curriculares das nossas escolas, em breve constará. Aguardem! beradeiros e beradeiras do Berço do Madeira.

Raimundo Lascado faleceu no dia 23 de março de 2020.

 

Simon O. dos Santos – Cronista.

Fonte: Guajará em Foco

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